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PERENE

Rede de pesquisas ecológicas de longa duração no Nordeste

Rede de pesquisa
em atividade desde

2017

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Descrição

A Rede de pesquisas ecológicas de longa duração no Nordeste (PERENE) foi estruturada em 2017 a partir da necessidade de se produzir pesquisas com um tempo de acompanhamento longo, como uma evolução do alcance do esforço de um time de pesquisadores do OndaCBC para entender os padrões de ciclagem biogeoquímica de nutrientes e da água e a distribuição e diversidade de plantas e animais no Bioma Caatinga. Resultados obtidos a partir desses esforços levaram à percepção da necessidade de um tempo de acompanhamento longo dos processos ecológicos condicionantes, que são de curso temporal lento. 


Assim, a PERENE foi estruturada com o objetivo de implantação e manutenção em longo prazo de sítios de experimentação e amostragem visando o melhor entendimento do funcionamento dos ecossistemas da região Nordeste do Brasil. Os projetos aprovados que subsidiam a PERENE são: 1) “Implantação de rede de sítios de pesquisas ecológicas de longa duração no bioma Caatinga”; 2) “Fixação de nitrogênio na vegetação nativa e prospecção da diversidade e eficiência de rizóbios naturalmente estabelecidos nos solos de Pernambuco (Edital Universal CNPq, Processos 409519/2018-9 e 426655/2018-4); 3) “Fluxos de gases de efeito estufa decorrentes de mudanças de uso e cobertura da terra no Bioma Caatinga: ampliação da base de dados de campo e modelagem em escala regional” (FACEPE-FAPESP, Processo APQ-0500-5.01-22) e 4) “Geração de dados, ferramentas tecnológicas e estratégias de manejo agropecuário e florestal para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas no bioma Caatinga (CNPq/MCTI/FNDCT Nº 59/2022, Processo 406202/2022-2. 


Além desses, diversos projetos para concessão de bolsas foram aprovados, o que propiciou o envolvimento de mais estudantes de graduação e pós graduação nas pesquisas desenvolvidas. Esses recursos resultaram na implantação e manutenção de 8 sítios com parcelas permanentes representando os principais usos da terra para fins pecuários no Semiárido, em 3 estados. Até o momento, foram publicados 13 artigos e foram gerados um enorme acervo de dados e de amostras naturais, que servirão de marco inicial dos processos que serão acompanhados ao longo do tempo nas parcelas permanentes. Esse acervo constitui o Botija (Banco de dados e amostras ambientais da região Nordeste). Resultados de análises estão guardados em grandes arquivos, disponíveis para o grupo de pesquisa e para os parceiros nos trabalhos da Rede.


Tais resultados são frutos de dissertações e teses, já defendidas ou em andamento, que lidaram com variáveis ambientais ainda pouco exploradas na região e/ou que podem ter variações em tempos relativamente curtos. Todos esses esforços propiciaram uma base sólida para compreensão da ciclagem de N e do processo de fixação biológica de nitrogênio no Bioma Caatinga, com quantificação de aportes de N em diferentes situações utilizando abordagens isotópicas. Resultados também propiciaram o conhecimento sobre a ocorrência e características de microssimbiontes naturalmente estabelecidos em solos do Semiárido. Nas parcelas permanentes foi testado o uso de câmera acoplada a drone e a integração de múltiplos índices de vegetação como um método promissor para estimar a biomassa aérea da vegetação de caatinga e de pastagens na região semiárida brasileira. Atributos biológicos do solo relativos à respiração e biomassa microbiana podem ser melhor relacionados à saúde do solo do ambiente semiárido, demonstrando menor variação em vegetação clímax que em vegetação mais antropizada (caatinga aberta e pastagens), na comparação entre períodos chuvosos e secos. Após três anos de exclusão animal, estes atributos no solo sob pastagens foram semelhantes aos da caatinga aberta, indicando um alto poder de recuperação.


As atividades de enzimas envolvidas na ciclagem biogeoquímica e a quantidade de glomalina no solo sob pastagens são menores que em fragmentos de caatinga densa. Os maiores estoques de carbono foram quantificados em pastagem e caatinga densa. Ainda nas parcelas, foi verificado que os aportes de N fixado foram baixos, com plantas e espécies potencialmente fixadoras expressando pouca ou até nenhuma fixação, da mesma forma já observada em outras áreas da região semiárida brasileira. Descobrir as causas destas baixas fixações é um desafio a ser enfrentado em pesquisas futuras.


Atualmente a PERENE conta com 8 pesquisadores, sendo: 4 graduandos, 1 mestrando, 2 doutorandos e 1 pós-doc.

Coordenação Rede de Pesquisa

Números da Rede de Pesquisa

PROJETOS

PUBLICAÇÕES

00

Projetos vinculados a Rede de Pesquisa

Publicações vinculadas a Rede de Pesquisa

Com foco no desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida das populações do Nordeste, o OndaCBC, produziu ao longo de anos de atuação uma biblioteca com extensa produção de artigos científicos. É resultado de investimentos em pesquisas e de parcerias entre diversas Universidades do Nordeste e Instituições de pesquisas regionais, nacionais e internacionais.

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